Há sempre uma madrugada
em que os candelabros de ouro enaltecem
as tuas formas,
a tua alquimia de pecado e volúpia,
há sempre,
no teu sorriso breve,
uma brisa que regressa do mar,
trazendo o lamento dos náufrafos,
a sua sede irremediável.
Nestas horas de assassinada alegria
ergues os braços e uma súplica,
mas ninguém te ouve, ninguém te vê,
encerrada numa túnica de cores puras.
José Agostinho Baptista
ANJOS CAÍDOS
Assírio & Alvim, 2003
http://www.jabaptista.com/
2 comentários:
..."uma brisa que regressa do mar,
trazendo o lamento dos náufrafos,
a sua sede irremediável"
Votos de bom fim de semana.
Bjs
Fico contente que gostes, é uma boa fonte de inspiração, mas sobretudo ler boa poesia.
Bom fim de semana
Fernando
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